Via Politicos Colombia por María Fernanda Cabal em 11 de junho de 2021
Em 7 de junho, um dia depois de realizado o segundo turno eleitoral no Peru, a candidata Keiko Fujimori convocou uma entrevista coletiva na qual deu provas claras de que foram cometidas fraudes sistemáticas nas eleições.
Entre outras indicações, ele mostrou um vídeo em que um líder do partido comunista Peru Libre – pertencente ao Foro de São Paulo – instruía os militantes de seu toldo a ganharem todos os votos das mesas, onde não havia testemunhas do partido de Fujimori, Força Popular.
À medida que a contagem avançava, a estratégia fraudulenta do Peru Libre tornou-se evidente, já que nos centros eleitorais localizados em áreas rurais, onde não havia membros da Força Popular, surgiram atas que davam cerca de 100% dos votos a Castillo. O que é estatisticamente impossível.
Além disso, Peru Libre contestou – deliberadamente e de má-fé – centenas de atos que deram a vitória a Keiko, para que não fossem incorporados à contagem, e assim distorceu os números totais, a fim de convencer a opinião pública de que Castillo foi vencedor na votação.
Começou então a segunda etapa da fraude – atualmente em pleno desenvolvimento – que consiste em pressionar as instituições e a própria Keiko Fujimori, para que aceitem a vitória de Castillo, antes que seja revisada a ata que contém as irregularidades. Esta etapa possui três aspectos:
Em primeiro lugar, declarações públicas de todos os membros do Fórum de São Paulo parabenizando Castillo por seu “triunfo”, incluindo Alberto Fernández, Daniel Ortega, Luis Arce, Lula da Silva, Evo Morales, Rafael Correa e o site do Fórum de São Paulo. Alguns meios de comunicação internacionais, controlados pela esquerda, também participam.
Em segundo lugar, pressão sobre as instituições peruanas para declarar oficialmente a vitória de Pedro Castillo. Isso inclui a absurda decisão de um promotor de ordenar a prisão de Keiko Fujimori, cujo objetivo óbvio é fazê-la desistir de acusações de fraude.
E terceiro, instilar terror nos peruanos, ameaçando desencadear a violência se o triunfo de Castillo não for aceito em breve. Isso inclui a decisão de um juiz de Huancavelica, que anula a desqualificação do chefe do Peru Libre, Vladimir Cerrón. É uma forma de mostrar força, de quebrar o espírito de luta dos peruanos.
Quero denunciar formalmente que o Foro de São Paulo conta com uma equipe itinerante, especialista em fraude, que viaja para nossas nações sempre que há uma eleição. Sua função é detectar as fragilidades do sistema eleitoral, favorecer seus candidatos por meio de artimanhas. Isso foi claramente evidenciado na Bolívia, Nicarágua e Venezuela, e agora eles querem se safar no Peru.
Felizmente, 23 ex-presidentes ibero-americanos, pertencentes ao grupo IDEA, lançaram luz sobre o que as instituições peruanas devem fazer: não ser pressionadas pelo Foro de São Paulo e não declarar vencedor até que todas as irregularidades relatadas sejam analisadas.
María Fernanda Cabal
Senador da República da Colômbia
@MariaFdaCabal