Homem portando facão entrou em creche e matou 3 crianças e 2 funcionárias. A violência do ataque causa comoção na cidade de Saudades – SC, em luto até o dia 9/5. Na terça (4), homem de 18 anos invadiu portando um facão a escola Pró-Infância Aquarela e em uma das salas atacou violentamente, levando à morte, três alunos de 1 ano, uma professora de 30 e uma agente educacional de 20. Depois, golpeou o próprio corpo.
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Uma vítima de 1 ano e 8 meses sobreviveu, foi levada hospital de Chapecó, passou por cirurgia e está na UTI.
As vítimas da escola, que atende crianças de 6 meses a 2 anos, foram:
Keli Adriane Aniecevski, de 30 anos, professora e trabalhava na unidade por cerca de 10 anos
Mirla Renner, de 20 anos, agente educacional na escola
Sarah Luiza Mahle Sehn, de 1 ano e 7 meses
Anna Bela Fernandes de Barros, de 1 ano e 8 meses
Murilo Massing, de 1 ano e 9 meses.
Impossível não lembrar que seguranças treinados e armados nesse momento poderiam ter evitado o massacre, bem como conjecturar o limite da insanidade do acusado, pois foi a um local aonde havia mínima possibilidade de resistência, atacando inocentes e indefesos.
A este respeito o Jornal no Ataque passa a reproduzir texto de Bene Barbosa, escrito após um momento de desastre desses, nos Estados Unidos, que é o debate possível diante de tanta dor e irreversibilidade da tragédia: como evitar outras.
Culpar as armas de fogo, inocentar os assassinos! | Bene Barbosa
O brutal assassinato – e algum não é? – da repórter Alison Parker, de 24 anos, e do cinegrafista, Adam Ward, de 27 anos, ambos do canal WDBJ TV, nos EUA, trouxe à tona a velha discussão sobre a posse e o porte de armas naquele país, e por óbvio, tomou nossos noticiários, que prontamente disponibilizaram seus “especialistas” para culpar a arma e praticamente inocentar o facínora simplesmente pelo mesmo ser negro e gay e ter alegado, sem qualquer comprovação, ter sofrido preconceito.
Outro efeito imediato foi o afloramento do antiamericano bastante comum na terra do samba, carnaval e futebol.
Dedo em riste, bradam que o EUA é um país de psicopatas, um país violento, que a sua paixão por armas os levaram a isso, que deveriam servir de exemplo de como não deve ser uma sociedade.
Se fôssemos nos deixar levar por esses comentários chegaríamos à imediata conclusão que bom mesmo é o Brasil com seus mais de 50 mil homicídios anuais, não é mesmo?
Na verdade é que há para grande parte das pessoas um profundo desconhecimento geral sobre a questão da criminalidade nos EUA por pessoas que tomam manchetes que beiram o sensacionalismo como verdades absolutas e, portanto, é imprescindível desmistificar esse assunto com dados e não com apelos emocionais.
E convenhamos, esse é o verdadeiro problema daqueles que advogam contra as armas pois seus apelos emotivos, muitas vezes coléricos e biliares, não resistem a nenhuma análise mais aprofundada.
Nas décadas de 60 e 70 os americanos experimentaram um grande crescimento no número de assassinatos que chegou em 1975 ao patamar 9,7 homicídios por 100 mil habitantes.
As políticas estaduais para conter a onda de homicídios foram bastante claras e se resumiram à tolerância zero aos crimes e liberação ainda maior ao direito de possuir e portar armas.
O resultado em três décadas foi a redução dos homicídios à níveis comparados à década de 40 e continuam caindo ano após ano.
E o Brasil? Também na década de 70/80 começou a experimentar um significativo aumento da criminalidade violenta e adotou de forma nacional a fórmula progressista de que cadeia não resolve, que crime um problema socioeconômico (desigualdade) e que deveria haver forte restrição ao porte e a posse de armas.
O resultado dessa política desastrada é que saímos de uma taxa de 11 homicídios por 100 mil habitantes para o inaceitável patamar de quase 30 homicídios por 100 mil habitantes. E tem gente que tem a cara de pau de afirmar que o Estatuto do Desarmamento salvou sei lá quantas mil vidas.
Mas nesse momento alguém estará dizendo: “mas dentre os países desenvolvidos os EUA têm a maior taxa de homicídios exatamente por conta do fácil acesso às armas”. Será mesmo? Esqueçam as capas dos jornais e vamos aos números. A Suíça possui a taxa de 45.7 armas por 100 habitantes e uma taxa de homicídios próxima de zero. A França possui 31,2 armas e 1 homicídio por 100 mil habitantes.
O Canadá é o décimo país mais armado do mundo e adivinhem só!? Tem baixíssimas taxas de criminalidade violenta!
Como último exemplo, para quebrar o paradigma de que homicídios são frutos de problemas sociais, peguemos o nosso vizinho Uruguai que é o 8º país mais armado do mundo e possui taxa de 6 homicídios por 100 mil habitantes. O Brasil, para efeito de comparação, está 72º na relação armas/cidadãos.
Sim, é verdade que os EUA tem taxas maiores de criminalidade dentre os países desenvolvidos mas é MENTIRA que isso se deve à existência de armas de fogo nas mãos do cidadãos.
Tais ponderações que trago de forma absolutamente resumida neste artigo são amplamente embasadas por estudos e literatura disponível.
Cito abaixo dois trechos extraídos de livros já disponíveis em português que tratam seriamente o assunto e merecem ser lidos:
“Um fato inconveniente, ignorado com frequência pelos defensores do controle de armas, é que muitos países com taxas muito altas de homicídios aplicaram o banimento completo, ou quase completo, às armas em seus territórios. Países grandes como a Rússia e o Brasil possuem taxas de homicídios maiores que a dos EUA”.
John Lott Jr., Preconceito Contra as Armas, Vide editorial:
“Não há nenhum sinal em nenhuma das evidências, nem nos números de homicídios, nem no uso registrado de armas de fogo nos crimes, e nem no tratamento do Parlamento para com os ingleses armados, de que o uso de armas de fogo tenha aumentado o número de homicídios ou a criminalidade em geral”.
Joyce Lee Malcolm, Violência e Armas – a experiência inglesa, também da Vide Editorial. Afirmar que o problema da criminalidade violenta é fruto da existência das armas na sociedade – tese abandonada até pela ONU em seu estudo sobre homicídios no mundo realizado em 2011 – faz tanto sentido quanto dizer que a obesidade se deve aos talheres e que carros saem por aí bêbados causando milhares de mortes por ano.
Na cabeça desnorteada dos desarmamentistas o homem é apenas um objeto usado pelas malvadas armas e, portanto, as armas merecem ser condenados e os facínoras justificados.
Bene Barbosa é presidente do Movimento Viva Brasil e coautor do livro Mentiram Para Mim Sobre o Desarmamento.
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O que leva uma pessoa tirar a vida dos bebês e duas adultas!! O mundo parou por causa de um vírus, para nos ensinar a amarmos uns aos outros…infelizmente alguns não aprenderam nada carregam no coração a maldade!! Tristeza no meu coração 😢