20.4 C
Volta Redonda
23/03/23
HomeBrasilÚnica chacina a comentar

Única chacina a comentar

Date:

Related stories

Estudo mostra rombo (bilionário) na AMBEV

Outra empresa abarcada pelo trio Jorge Paulo Lemann, Marcel...

A ‘ressaca’ da Ibovespa no pós Carnaval

O Ibovespa caiu nesta quarta-feira de cinzas após quatro...

Analistas do Mercado esperam inflação crescente até 2026

Analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central elevaram...

Suprema Corte avalia responsabilidade do Twitter em atos terroristas

A Suprema Corte dos Estados Unidos começou nesta quarta-feira...
spot_imgspot_img

Homem portando facão entrou em creche e matou 3 crianças e 2 funcionárias. A violência do ataque causa comoção na cidade de Saudades – SC, em luto até o dia 9/5. Na terça (4), homem de 18 anos invadiu portando um facão a escola Pró-Infância Aquarela e em uma das salas atacou violentamente, levando à morte, três alunos de 1 ano, uma professora de 30 e uma agente educacional de 20. Depois, golpeou o próprio corpo.

Dezenas de pessoas durante velório da vítimas do ataque a creche em Saudades — Foto: Sirli Freitas/Divulgação
Velório | Foto: Sirli Freitas/Divulgação

Uma vítima de 1 ano e 8 meses sobreviveu, foi levada hospital de Chapecó, passou por cirurgia e está na UTI.

As vítimas da escola, que atende crianças de 6 meses a 2 anos, foram:

Keli Adriane Aniecevski, de 30 anos, professora e trabalhava na unidade por cerca de 10 anos

Mirla Renner, de 20 anos, agente educacional na escola

Sarah Luiza Mahle Sehn, de 1 ano e 7 meses

Anna Bela Fernandes de Barros, de 1 ano e 8 meses

Murilo Massing, de 1 ano e 9 meses.

Impossível não lembrar que seguranças treinados e armados nesse momento poderiam ter evitado o massacre, bem como conjecturar o limite da insanidade do acusado, pois foi a um local aonde havia mínima possibilidade de resistência, atacando inocentes e indefesos.

A este respeito o Jornal no Ataque passa a reproduzir texto de Bene Barbosa, escrito após um momento de desastre desses, nos Estados Unidos, que é o debate possível diante de tanta dor e irreversibilidade da tragédia: como evitar outras.

Culpar as armas de fogo, inocentar os assassinos! | Bene Barbosa

O brutal assassinato – e algum não é? – da repórter Alison Parker, de 24 anos, e do cinegrafista, Adam Ward, de 27 anos, ambos do canal WDBJ TV, nos EUA, trouxe à tona a velha discussão sobre a posse e o porte de armas naquele país, e por óbvio, tomou nossos noticiários, que prontamente disponibilizaram seus “especialistas” para culpar a arma e praticamente inocentar o facínora simplesmente pelo mesmo ser negro e gay e ter alegado, sem qualquer comprovação, ter sofrido preconceito.

Outro efeito imediato foi o afloramento do antiamericano bastante comum na terra do samba, carnaval e futebol.

Dedo em riste, bradam que o EUA é um país de psicopatas, um país violento, que a sua paixão por armas os levaram a isso, que deveriam servir de exemplo de como não deve ser uma sociedade.

Se fôssemos nos deixar levar por esses comentários chegaríamos à imediata conclusão que bom mesmo é o Brasil com seus mais de 50 mil homicídios anuais, não é mesmo?

Na verdade é que há para grande parte das pessoas um profundo desconhecimento geral sobre a questão da criminalidade nos EUA por pessoas que tomam manchetes que beiram o sensacionalismo como verdades absolutas e, portanto, é imprescindível desmistificar esse assunto com dados e não com apelos emocionais.

E convenhamos, esse é o verdadeiro problema daqueles que advogam contra as armas pois seus apelos emotivos, muitas vezes coléricos e biliares, não resistem a nenhuma análise mais aprofundada.

Nas décadas de 60 e 70 os americanos experimentaram um grande crescimento no número de assassinatos que chegou em 1975 ao patamar 9,7 homicídios por 100 mil habitantes.

As políticas estaduais para conter a onda de homicídios foram bastante claras e se resumiram à tolerância zero aos crimes e liberação ainda maior ao direito de possuir e portar armas.

O resultado em três décadas foi a redução dos homicídios à níveis comparados à década de 40 e continuam caindo ano após ano.

E o Brasil? Também na década de 70/80 começou a experimentar um significativo aumento da criminalidade violenta e adotou de forma nacional a fórmula progressista de que cadeia não resolve, que crime um problema socioeconômico (desigualdade) e que deveria haver forte restrição ao porte e a posse de armas.

O resultado dessa política desastrada é que saímos de uma taxa de 11 homicídios por 100 mil habitantes para o inaceitável patamar de quase 30 homicídios por 100 mil habitantes. E tem gente que tem a cara de pau de afirmar que o Estatuto do Desarmamento salvou sei lá quantas mil vidas.

Mas nesse momento alguém estará dizendo: “mas dentre os países desenvolvidos os EUA têm a maior taxa de homicídios exatamente por conta do fácil acesso às armas”. Será mesmo? Esqueçam as capas dos jornais e vamos aos números. A Suíça possui a taxa de 45.7 armas por 100 habitantes e uma taxa de homicídios próxima de zero. A França possui 31,2 armas e 1 homicídio por 100 mil habitantes.

O Canadá é o décimo país mais armado do mundo e adivinhem só!? Tem baixíssimas taxas de criminalidade violenta!

Como último exemplo, para quebrar o paradigma de que homicídios são frutos de problemas sociais, peguemos o nosso vizinho Uruguai que é o 8º país mais armado do mundo e possui taxa de 6 homicídios por 100 mil habitantes. O Brasil, para efeito de comparação, está 72º na relação armas/cidadãos.

Sim, é verdade que os EUA tem taxas maiores de criminalidade dentre os países desenvolvidos mas é MENTIRA que isso se deve à existência de armas de fogo nas mãos do cidadãos.

Tais ponderações que trago de forma absolutamente resumida neste artigo são amplamente embasadas por estudos e literatura disponível.

Cito abaixo dois trechos extraídos de livros já disponíveis em português que tratam seriamente o assunto e merecem ser lidos:

“Um fato inconveniente, ignorado com frequência pelos defensores do controle de armas, é que muitos países com taxas muito altas de homicídios aplicaram o banimento completo, ou quase completo, às armas em seus territórios. Países grandes como a Rússia e o Brasil possuem taxas de homicídios maiores que a dos EUA”.

John Lott Jr., Preconceito Contra as Armas, Vide editorial:

“Não há nenhum sinal em nenhuma das evidências, nem nos números de homicídios, nem no uso registrado de armas de fogo nos crimes, e nem no tratamento do Parlamento para com os ingleses armados, de que o uso de armas de fogo tenha aumentado o número de homicídios ou a criminalidade em geral”.

Joyce Lee Malcolm, Violência e Armas – a experiência inglesa, também da Vide Editorial. Afirmar que o problema da criminalidade violenta é fruto da existência das armas na sociedade – tese abandonada até pela ONU em seu estudo sobre homicídios no mundo realizado em 2011 – faz tanto sentido quanto dizer que a obesidade se deve aos talheres e que carros saem por aí bêbados causando milhares de mortes por ano.

Na cabeça desnorteada dos desarmamentistas o homem é apenas um objeto usado pelas malvadas armas e, portanto, as armas merecem ser condenados e os facínoras justificados.

Bene Barbosa é presidente do Movimento Viva Brasil e coautor do livro Mentiram Para Mim Sobre o Desarmamento.

Para prestar homenagens, família visita frente de creche em Saudades onde houve ataque — Foto: Sirli Freitas/Divulgação
Frente da creche onde houve o ataque | Foto: Sirli Freitas/Divulgação

Subscribe

- Never miss a story with notifications

- Gain full access to our premium content

- Browse free from up to 5 devices at once

Latest stories

spot_img

1 COMMENT

  1. O que leva uma pessoa tirar a vida dos bebês e duas adultas!! O mundo parou por causa de um vírus, para nos ensinar a amarmos uns aos outros…infelizmente alguns não aprenderam nada carregam no coração a maldade!! Tristeza no meu coração 😢

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here